Empresa chinesa diz que Piauí pode ser protagonista em energia limpa na América Latina

Com recursos naturais em abundância para a produção de energia limpa, o Piauí tem capacidade de se tornar protagonista da transição energética não apenas no Brasil, mas na América Latina. A avaliação é da diretora jurídica e de compliance da CGN Brasil, Sílvia Rocha, em entrevista ao canal de notícias de TV Times Brasil na última sexta-feira (16) - assista à entrevista completa no final da reportagem.

“O Piauí é um estado que tem um potencial enorme, instituições extremamente comprometidas. Acho que o Estado tem toda capacidade de se tornar protagonista no movimento de transição energética, não só do Brasil, mas da América Latina”, afirmou a diretora.

A CGN Brasil, que faz parte da gigante global de energia da China CGN, vai investir R$ 3,17 bilhões na construção de um hub energético no Piauí, onde a empresa já atua desde 2019, com parques de energia solar e eólica. O anúncio do investimento foi feito na semana passada, durante missão internacional realizada na China, com a participação do presidente Lula e governador Rafael Fonteles.

Desta vez, além de construir novas usinas de energia solar e eólica, a empresa vai criar um sistema de armazenamento de energia. A capacidade instalada de energia das empresas no Piauí será de 1,4 gigawatts. A previsão é de geração de mais de 5 mil empregos diretos e indiretos.

Uma das novidades é que a empresa vai buscar que parte da energia gerada seja consumida por empresas dentro do próprio estado.

“A ideia é buscar off-takers na região, então, que esse consumo seja realizado na região, dentro ali das regras de comercialização da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)”, explicou Sílvia Rocha.

A CGN já tem presença consolidada no Piauí com dois empreendimentos em operação: o Parque Eólico Lagoa do Barro, e o Parque Solar Nova Olinda, este último adquirido da Enel em 2019.

Além do Piauí, a CGN possui operações em outros estadosé hoje uma das dez maiores geradoras de energia limpa do Brasil. No mundo, a CGN International opera 46 projetos em 15 países, com capacidade total de 13 gigawatts.

Assista à entrevista abaixo:

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